“Foi a guitarra que deu o fado.
E o sol, a bênção do dia.
Nas vinhas, o tempo parou
para ver nascer a poesia.
Ela — noiva sem palavras,
dançou como quem sente.
O corpo leve, a alma inteira,
num compasso envolvente.
Não se ouviu voz nem promessa,
só o dedilhar a soar…
e ela, em volta do guitarrista,
como quem sabe amar.
Não precisou de canção —
foi presença, foi verdade.
Um fado dançado no tempo,
bordado à eternidade.”