Anna Lima
/// Editorial

Anna Lima, para o editorial “Verde e Alfazema”.

“Foi a guitarra que deu o fado.
E o sol, a bênção do dia.
Nas vinhas, o tempo parou
para ver nascer a poesia.

Ela — noiva sem palavras,
dançou como quem sente.
O corpo leve, a alma inteira,
num compasso envolvente.

Não se ouviu voz nem promessa,
só o dedilhar a soar…
e ela, em volta do guitarrista,
como quem sabe amar.

Não precisou de canção —
foi presença, foi verdade.
Um fado dançado no tempo,
bordado à eternidade.”

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